Algumas coisas a gente só aprende fazendo errado, e ter ficado apenas uma noite em Carmelo no Uruguai, nos ensinou que deveríamos ter ficado mais tempo. Quando, no primeiro dia, encontramos outras pessoas que diziam que iriam ficar três noites por lá, pensamos que seria tempo demais!
Mas eles estavam certos.
Tem muita coisa para ser feita em Carmelo. E são coisas para se fazer devagar - no ritmo de uma cidade do interior do Uruguai, onde as coisas fecham após o almoço e só reabrem pelas 4 da tarde.
As vinícolas de Carmelo
São elas que têm colocado esta região do Uruguai no mapa turístico, e não são super vinícolas. A maioria delas é pequena e a produção não chega sequer a ser vendida em Montevidéu.
Conhecemos a Campotinto e a Cordano.
A Campotinto é uma Bodega Boutique, com produção em torno de 15 mil garrafas ao ano e tem uma pousada e restaurante excelentes - foi onde ficamos hospedados, almoçamos e jantamos.
Falamos da pousada, do restaurante e da vinícola neste post.
A Bodega Cordano está a 5 gerações produzindo vinhos. Grande parte da produção é de vinhos de mesa, mas eles fazem vinhos finos excelentes. A visita e degustação é no Almacen de la Capilla, um mercado de interior com um atendimento excelente. Entramos visitantes e saímos amigos 🙂
Olha o nosso post do Almacen de la Capilla e vê como é a recepção por lá.
Outras vinícolas que queríamos ter visitado mas não deu tempo foram a Narbona, a Irurtia e a El Legado.
A Alexandra do Café Viagem fez a degustação na Narbona, a Nivea do Viagens Invisíveis fez certo, ficou mais tempo por lá e conheceu todas as vinícolas e a Jamile do Viver Uruguay conta como é a visita à El Legado.
Para comer em Carmelo no Uruguai
Nós adoramos o restaurante da Campotinto. No post da pousada falamos sobre ele também. Pratos ótimos e preço bom.
Chegamos a ir ao restaurante da Narbona, mas não gostamos do atendimento. Os valores são bem altos e por esse valor achamos que o atendimento ficou a dever. Antes mesmo de fazer o pedido levantamos e fomos embora.
Ouvimos falar super bem do Basta Pedro, queríamos ter ido mas, claro, não deu tempo. Além disso, a entrada neste restaurante é livre apenas para quem está nos hotéis Hyatt Carmelo ou Narbona, para todos os outros deve-se ligar antes para checar a disponibilidade. E o pessoal do hotel indicou o restaurante do Puerto Dijama.
E já planejando a próxima viagem pra lá, deu vontade de conhecer o Fango e o Lo'Korrea.
Onde ficar em Carmelo no Uruguai
Tão importante quanto o que fazer, é onde ficar, especialmente em um lugar como Carmelo! Além de aproveitar as atrações, tem que ter um tempinho pra descansar e ficar fazendo nada!
Pela terceira vez vamos falar da Campotinto, que adoramos. Parece que estamos hospedados em uma casa de fazenda, e as bicicletas à disposição dos hóspedes são ótimas para ajudar nos deslocamentos da região - sim, dá pra fazer muita coisa de bicicleta.
Passamos pelo Puerto Dijama e achamos legal. Olhando no site, depois, ficamos impressionados com a estrutura do hotel. A localização é bacana e fica próximo ao rio.
O Hyatt Carmelo parece ser excelente! E os valores não são absurdos para tudo o que oferece - e pela estrutura do hotel. É um lugar que queremos conhecer!
A Narbona também tem hospedagem, e nos parece ser no mesmo estilo da Campotinto - tomara que o serviço não seja parecido com o do restaurante deles 🙂
Outro lugar que parece ser bacana é o Casa Chic Carmelo.
E para quem quer exclusividade e simplicidade, a Bodega Cordano tem um chalé no meio dos vinhedos, o Entre Viñas. Super bucólico e lindo!
O que mais visitar em Carmelo no Uruguai
A Capilla de San Roque é uma igrejinha super fotogênica!
Conseguimos dar uma volta pela cidade - de carro mesmo e fomos ver o sol se por em Playa Seré.
Bem, tentamos ver o sol se por, pois as nuvens no horizonte estavam baixas. Caminhamos pelo trapiche e tiramos algumas fotos no letreiro. Lá do outro lado do rio é a Argentina! Há catamarãs que ligam Carmelo a Tigre (e de lá é possível chegar a Buenos Aires de trem).
Também visitamos a Calera de las Huérfanas. Trata-se de ruínas de uma antiga missão jesuítica. Lá os nativos produziam cal para um orfanato de Buenos Aires. Não é preciso pagar para entrar e há placas indicando o que era cada estrutura. Uma pena que só podemos ver a igreja de longe e não entrar como em São Miguel das Missões aqui no Rio Grande do Sul, mas mesmo assim, é bacana e vale o desvio de 10 minutinhos na chegada ou saída da cidade.
Queremos voltar para conhecer também uma propriedade produtora de azeites e para dar umas voltas - de bicicleta, de preferência, pela zona rural, ou seria vinícola, conhecer a Capilla Narbona, uma capela abandonada e caminhar pelo calçadão da cidade.
Não dá pra ficar pouco tempo por Carmelo, nem fazer as coisas correndo.
O legal é montar um roteiro slow travel, ainda mais se a viagem for romântica (que combina muito com o destino) ou com crianças, pois elas vão adorar conhecer uma realidade que dificilmente encontramos no Brasil!
Como deu para notar, não vemos a hora de retornar a Carmelo!
Já viu nossas dicas para viajar de carro ao Uruguai? Ou nosso roteiro de dois dias em Montevidéu? Quer saber onde ficar em Carmelo? Dá uma olhada no porque achamos a Posada Campotinto imperdível
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Renata Sucena
Demais!! Amei Carmelo, estive recentemente lá no Hyatt e foi demais! Recomendo!
Malas e Panelas
Oi Renata
Parece ser ótimo!!
Abraços
Nivia
Olhando novamente a sua foto da Igrejinha, tenho convicção de que um dia vou renovar meus votos em Carmelo e passar uma semana por lá... talvez um mês... ou me mudar? rsrsrs
Nós tb não conhecemos o Basta Pedro e outros restaurantes bem convidativos, nem o Puerto Djama.
alberto ribeiro
Sensacional o post! Vamos em março para Carmelo e cometeremos o mesmo erro: ficar uma noite só. Mas com as dicas de vocês ficou muito mais fácil se programar e tentar errar o mínimo (rs). A dica de "Calera de las Huérfanas" foi demais (só li aqui!). A vistaremos no dia da saída já voltando para Montevidéu. Mesmo sendo do Rio, nós já visitamos São Miguel das Missões (nossa! como "andamos" pra chegar lá, saindo de carro do Rio!) e gostamos muito. A ideia é sair bem cedo de Colônia (onde dormiremos 2 noites) e, nesse dia, visitar a maior quantidade possível de bodegas de Carmelo (vinho é uma de nossas paixões!). Vocês acabaram com a nossa dúvida se almoçaremos na Campotinto ou na Narbona (Na Campotinto, é óbvio!). Mas ficou agora a dúvida se, mesmo não sendo para almoçar, se vale a pena ir até a Narbona só para conhecer o lugar, o entorno e fazer a degustação deles (bem cara por sinal), pois ela é um pouco mais afastada de Carmelo. Curtimos conforto, vinhos, lugares e pessoas agradáveis. Mas não toleramos "bestices". Parece ser o caso da Narbona, não? O que acham? Vale a pena ir lá?
Malas e Panelas
Obrigado Alberto.
Bah, mas andaram mesmo! De carro do Rio a São Miguel é chão!!
Como vocês gostam de vinho, achamos que deve valer a pena sim. É mais afastada, mas em 10 minutos se chega lá.
Quanto à degustação, falamos com um pessoal que estava no Almacen de la Capilla e disseram que a degustação da Narbona foi muito bacana.
Depois nos contem como foi a viagem.
Abraços