Muita gente passa por Garibaldi no caminho para Bento Gonçalves ou no passeio na Maria Fumaça e nem faz ideia de tudo que a cidade oferece para o visitante. Por isso ela ainda é um segredo bem guardado na Serra Gaúcha.
Confessamos, nós fazíamos parte desse grupo, mas ainda bem que isso mudou!
Há pouco tempo passamos um fim de semana em Garibaldi e não acreditamos que ficamos tanto tempo na ignorância.
Pra começar, Garibaldi é aquela cidade do interior, pequena, onde todo mundo parece se conhecer, sem agito e super bem cuidada, mas que está aberta para o turismo. Inclusive tem vários roteiros para podermos descobrir tudo o que a cidade tem a oferecer. Por isso recomendamos ficar pelo menos dois dias por lá e aqui vamos mostrar tudo o que dá para fazer nesse tempo.
O que fazer em Garibaldi
Centro
A Rua Buarque de Macedo, no centro, é quase uma viagem no tempo. A rua e várias casas foram restauradas para recuperar suas características originais. Casas construídas pelos primeiros imigrantes que chegaram à região e que até hoje são utilizadas. Garibaldi tem o maior acervo de casas em alvenaria construídas por imigrantes no Rio Grande do Sul!
Para conhecer um pouco mais sobre estas casas e outras espalhadas pela cidade, recomendamos o passeio no Tim Tim, um caminhão da segunda guerra mundial. Passeio para conhecer os pontos históricos em um veículo histórico! De todas as casas, destaque para a Mansão Mazzini. Data de 1921 e ainda possui todos os móveis e utensílios da época. Uma pena que está fechada, mas segundo informações, há tratativas de recuperá-la e transformá-la em museu.
E duas vezes ao ano acontece por lá o Garibaldi Vintage. A Rua Buarque de Macedo é fechada e fica cheia de bancas de restaurantes, vinícolas e cervejarias. A cidade inteira parece estar presente. Nós fomos e achamos muito bacana. Tem quem vem a caráter, dos anos 20 aos 60.
Vinícola Peterlongo
Garibaldi é conhecida como a capital do espumante. Não por menos. Ali foi instalada a primeira fábrica de espumantes do Brasil, a Peterlongo, em 1915, que até hoje continua produzindo espumantes, alguns ainda da mesma maneira, mantendo a qualidade e tradição da marca. Na visita que fizemos, passeamos por uma plantação modelo, depois conhecemos a casa que era moradia do fundador da vinícola e onde hoje são feitas as degustações e depois conhecemos um pouco do processo de produção e a cave, onde os espumantes ficam descansando, em uma temperatura quase que constante de 15 graus, sem ar condicionado! A temperatura é mantida por meios naturais desde a fundação da cave. Claro que fizemos uma degustação. Adoramos o Prosecco e as crianças também degustaram, mas a versão sem álcool!
Devorata
Ao pensar em chocolate e Serra Gaúcha a ideia que vem à mente é Gramado, mas se a ideia for trufas e Serra Gaúcha, o nome que vocês tem que lembrar é Devorata! Há mais de 30 anos a Jurema Milani produz trufas de forma artesanal. E são deliciosas! Impossível não levar várias. E também são uma ótima lembrança para os amigos e familiares. Nem precisamos dizer que as crianças enlouquecem!
Madelustre
A Madelustre é uma indústria de lustres e objetos de iluminação em madeira e vidro, mas o vidro é produzido por eles mesmos, então conhecer como estes vidros são fabricados é um passeio super bacana. Primeiro ficamos conhecendo um pouco mais sobre a história e o processo de fabricação do vidro e como foi feita a maior taça de champanhe do mundo. Isso mesmo! Foi o pessoal da Madelustre que quebrou esse recorde – verificado pelo Guinness. Depois vamos até a fábrica para ver como são feitos, desde o vidro líquido colhido no forno e o processo de sopragem, bem como uma demonstração de criação de objetos decorativos. O Álvaro, do Viagens que Sonhamos até se encorajou e soprou um balão de vidro! Vamos confessar que não estávamos muito empolgados com o passeio, mas foi ótimo!
Sítio Crescer
Para quem quer sair ainda mais do ambiente urbano, uma boa pedida é fazer uma visita ao Sítio Crescer. Em uma área super bacana e não muito longe do centro, aproveitamos para fazer um passeio conhecendo um pouco sobre a produção orgânica de alimentos. Quem procura uma opção mais em conta de hospedagem também encontra ali um hostel, com dois quartos enormes (bom para quem vai em grupo grande) ou quartos menores, ideais para famílias. As crianças encontram bastante espaço para correr e brincar.
Família Jorge Mariani
Para conhecer um pouco sobre a imigração italiana e experimentar um dos melhores sucos de uva da região, a visita à propriedade da família Jorge Mariani é imperdível. Começamos a visita com o Jorge nos levando a um lugar que é especial para ele e para a família. Vamos até o parreiral e ficamos perto de um dos primeiros pés de uva que os antepassados dele plantaram ali. A produção também é orgânica e o Jorge nos esclarece com uma visão bem interessante como anda a produção em larga escala de alimentos no mundo (com mudanças genéticas e pesticidas) e o quanto importante é buscar alternativas a esta produção.
Depois fizemos um passeio de trator pela propriedade e os pequenos tiveram a oportunidade de ajudar a dirigir o trator 🙂 Precisa perguntar se gostaram? Terminamos a visita conhecendo a estrutura da pequena vinícola onde a família produz suco de uva e vinhos orgânicos e experimentamos o suco de uva produzido por eles. Uma maravilha!
Onde comer em Garibaldi
São imperdíveis a Casa di Paolo, a Osteria Dela Colombina e Hostaria Casacurta
A Casa di Paolo, apesar de ser grande, serve uma comida bastante típica e recomendamos o sistema rodízio, então vá com fome! Primeiro é trazido à mesa a sopa de capeletti com pão caseiro e depois em pequenas porções, mas infinitas, polenta brustolada (na chapa) e frita, queijo à dorê (uma perdição), salada de radicci com bacon, salada verde, salada de batata, galeto e massas variadas com molhos igualmente variados (o tortéi com molho da casa é fantástico). Enquanto você tiver fome – ou vontade de comer, é só ir pedindo que os pratos são trazidos. A sobremesa é sagu com creme, pudim ou ambrosia. O sagu é o melhor que já comemos!
Na Osteria Della Colombina a comida parece ser da cozinha de uma avó e no estilo slow food + comfort food (que são termos bem atuais e refletem bem essa culinária que remete a momentos que guardamos com carinho na memória e slow food, pois a comida é preparada sem pressa e servida em uma sequência igualmente lenta que nos permite apreciar por completo, não só os próprios pratos, mas o ambiente e a companhia com que estamos).
Dentre os pratos servidos estão a polenta com queijo e salame, sopa de capeletti com pão caseiro (que não faltam em nenhuma mesa na serra gaúcha, faça calor ou frio), uma salada fresquíssima, com folhas e frutas da estação, carne cozida que foi usada para fazer o caldo da sopa, nhoque com molho caseiro, galeto divinamente temperado, carne com legumes e bacon e fortaia (uma espécie de omelete). De sobremesa, figos em calda, pudim de leite e sorvete caseiro com calda de uva. Para beber água com e sem gás, suco de uva e vinho, estes dois feitos pela dona Odete e suas filhas. Na hora de ir embora a gente recebe, da dona Odete mesmo, uma pequena colombina, ou seja, uma pombinha feita com massa de pão.
A Hostaria Casacurta, o restaurante do Hotel Casacurta, serve uma comida mais contemporânea. O lado caseiro fica na inspiração e a apresentação é impecável e a comida extremamente bem preparada e deliciosa. Recomendamos o Menu Experiência. Imperdível.
Onde se hospedar em Garibaldi
E já que é para ficar dois dias em Garibaldi, para a hospedagem o Hotel Casacurta é O lugar para se ficar. Um hotel de 1950 reformado e restaurado para recuperar o charme daquela época. Já falamos dele aqui, listando 10 motivos para você se hospedar no Hotel Casacurta.
Para todas as nossas dicas da Serra Gaúcha clique aqui.
Agradecemos à Prefeitura Municipal de Garibaldi pelo convite para conhecer a cidade e suas diversas atrações. Entretanto o relato que exposto retrata nossa experiência no destino visitado.
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Marisa Pieta chiele
Sou Garibaldense moro em Sampa há 40 anos, acho q já não conheço mais minha querida Garibaldi. As comidas me deicharam com água na boca. Fiquei encantada.
Malas e Panelas
Oi Marisa
Tens que voltar então para (re)conhecer 🙂
Abraços