Geisers del Tatio - um passeio de outro mundo

A gente já comentou aqui que no Atacama deu pra ter ideia de como deve ser caminhar em Marte, mas um passeio de outro mundo, mesmo, é a visita aos Geisers del Tatio.

Seria nosso último passeio no Atacama e acordamos as 5 da manhã. Chegamos na área de convivência do hotel e encontramos garrafas térmicas de chá e café, seis xícaras e seis bolinhos. Logo chegaram os outros hóspedes que iriam no passeio. No total seríamos seis. Como o café da manhã seria lá nos Geisers, o que o Tierra Atacama ofereceu àquela hora era apenas um lanchinho, pra gente não sair de barriga vazia. As 5:45 saímos do hotel e o Sol ainda nem pensava em aparecer.

Fomos subindo, subindo e o sol começou a nascer. Com a claridade pudemos ver o chão coberto de geada. Pouco mais de uma hora depois chegamos e de longe já víamos as colunas de vapor produzidas pelos geisers.

Chegamos bem na hora que o Sol começava a aparecer no campo geotérmico. Havíamos visto relatos de pessoas que fizeram esse passeio e saíram de San Pedro as 4 da manhã e chegaram aos geisers ainda no escuro. Pensávamos que perderíamos boa parte do show que os geisers proporcionam, mas não. Dormimos mais que eles e aproveitamos tanto quanto.

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Não custa repetir que o Tierra Atacama faz os passeios de forma a aproveitar ao máximo cada lugar e de maneira com que a gente se sinta como se o lugar fosse quase que exclusivo para a gente, e lá nos Geisers del Tatio não foi diferente. Na estrada passamos por vários carros e lá vimos vários ônibus e vans, mas não sentimos como se estivesse cheio, pois fizemos a visita ao campo geotérmico ao contrário do que as agências fazem: primeiros fomo ao campo geotérmico sul (enquanto o norte estava cheio) e depois fomos ao norte (quando todo mundo foi para o sul).

A temperatura quando chegamos era de dez graus abaixo de zero, mas não fazia vento. Os geisers fumegavam loucamente e espirravam água fervente, a 85ºC, por isso o cuidado de não chegar perto.

Aquilo tudo era surreal. De outro mundo mesmo. Para onde olhávamos havia colunas espessas de vapor no ar. A Isabella achou que tinha cheiro de ovo cozido no ar - devido ao enxofre, mas sentimos muito menos do que imaginávamos que iríamos sentir e a altitude de 4300m não foi problema, pois já estávamos aclimatados.

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Quando chegamos ao campo geotérmico do norte, o Yasú, nosso guia, foi montar a mesa do café da manhã e colocou leite e achocolatado para esquentar em uma das poças de água fervente. A pequena adorou!

Fizemos sanduíches com presunto, queijo e abacate, tomamos café com leite e achocolatado e ficamos conversando mais um tempinho.

Como a temperatura subiu, já estava 3 graus positivos 🙂 as colunas de vapor foram ficando fraquinhas.

Pegamos a van e paramos no centro de visitantes, para uma visita ao banheiro.

No caminho de volta ao hotel passamos por um grupo de vicuñas, quando o Yasú explicou que os grupos desses animais são compostos de um macho alfa e várias fêmeas. Quando o filhote macho fica adulto ele é expulso do grupo e acaba se juntando a outros "solteiros" que de vez em quando tentam tomar o lugar de outro alfa.

Ainda paramos no povoado de Machuca, onde experimentamos um pastel de queijo - para nós nada diferente dos pastéis que conhecemos, mas os estrangeiros se impressionaram - e espetinhos de lhama.

Tivemos todo o cuidado ao falar para a Isabella que iríamos comer carne de lhama, afinal, dias antes ela tinha alimentado algumas e tinha achado muito fofinhas. Mas dissemos que as de hoje haviam nascido para a gente comer e ela quis experimentar. E adorou! Disse que estava maravilhoso e vira e mexe nos pergunta quando vamos ter carne de lhama de novo.

Ainda paramos em um mirador na estrada para avistar mais vicuñas.

Continuamos o regresso ao hotel, onde chegamos ao meio dia. Nos trocamos, almoçamos e pegamos a van para o aeroporto, mas a vontade era de ficar mais alguns dias por lá.