Sempre escolhemos passear pelo centro das cidades que visitamos em finais de semana, pois está mais calmo, embora muitas lojas estejam fechadas. E nessa vez no centro de Santiago não fizemos diferente. Fomos em um domingo, mas nos surpreendemos com lojas abertas (as grandes - Paris, Falabella e Ripley e várias outras perto do Mercado) e bastante movimento.
Foi nossa terceira vez em Santiago e nossa terceira ida ao centro. Precisava? Mudou tanto assim? Não. Na segunda já estávamos vistos, mas a avó da Isabella fez essa viagem conosco e, embora ela já tivesse ido a Santiago (há mais de dez anos) ela voltou não gostando de lá, e não entendia como nós gostávamos tanto, então o objetivo desse passeio foi mostrar a ela que o centro não era só o Paseo Ahumada que ela tinha detestado. E sabem de uma coisa? Não foi demais. A gente sempre vê algo que tinha escapado das outras vezes.
E esse passeio tinha mais um desafio. Era o primeiro sem o carrinho!
Saímos do hotel, pegamos o metrô e oito estações depois voltamos à superfície na estação Universidad de Chile, para começarmos pelo charmoso Barrio Paris-Londres.
O Paris-Londres tem esse nome pois é o cruzamento das ruas Paris e Londres e o charme está nas quatro quadras formadas por essas duas ruas. Ao final da Londres, em direção à Libertador Bernardo O'Higgins (Alameda) está a Iglesia de San Francisco, a mais antiga construção de Santiago, iniciada em 1575.
Atravessamos a Alameda e seguimos pela Moneda até a Nueva York - e o prédio da Bolsa de Comércio.
Voltamos à Alameda para irmos até o Centro Cultural Palacio de la Moneda e, no chão, notamos um caminho de discos metálicos em cada um escrito "Patrimonial Santiago". Contar por quantos passávamos foi o passatempo até chegar no La Moneda. Pesquisando agora encontrei esse site aqui com explicação do Projeto Santiago Patrimonial, que, na versão super resumida, é uma forma de marcar um caminho pelas ruas do centro histórico levando a pontos de interesse e prédios históricos (dá um roteiro e tanto!).
Chegando no Palacio de La Moneda, descemos e fomos direto ao Centro Cultural que estava com uma exposição sobre a India. Havia vários painéis para tirarmos fotos, que era o que mais chamava atenção dos pequenos. Também havia uma instalação interativa de arte e tecnologia, envolvendo Cor e Vibração. Isabella adorou brincar com luzes e sons. Na visita anterior, em 2010, havia uma exposição dos Guerreiros de terracota de Xi'An. É possível visitar o Palácio, mas nunca nos interessamos - quem sabe quando Isabella for maior, como parte de uma aula de história ao vivo? Entretanto, lá no Meus Roteiros de Viagem tem a visita que fizeram.
Uma pausa para descanso com sucos de framboesa e chirimoya, no café do Centro Cultural mesmo (há uma filial da Confitería Torres, mas estava fechada). Em seguida partimos em busca do Museo de Arte Pre-Colombino que, para nossa surpresa, está fechado para reforma até 2013. No site não havíamos visto que estaria fechado - acontece.
Bom, pelo menos assim pudemos apreciar o belíssimo prédio da Câmara de Deputados.
Mais uns passos, novamente seguindo as indicações do Patrimonial Santiago e chegamos à Catedral e Plaza de Armas. Mais um descanso - e pausa para reflexão - antes de continuarmos até o Mercado Central.
Aí começou a bater o cansaço na pequena e o sol não ajudava muito. Quem sofreu foram as costas do pai!
No mercado, de cara a Isabella reclamou do cheiro, tendo em vista a imensidão de bancas de peixes e frutos do mar - os mais diversos possíveis. Demos uma volta e acabamos comendo no Donde Augusto, que fica na porção central, longe das bancas e onde os garçons parecem brigar pelos fregueses - como se precisasse! Não só turistas. Muita gente falando espanhol e com cara de local também! Ficamos com um linguado grelhado acompanhado de fritas e salada, um chupe de locos e empanadas de queso (que na verdade era um pastelzinho frito de queijo e em nada lembrava as homônimas do outro lado da cordilheira). Sucos de chirimoya, é claro! Detalhe para a entradinha, de pan amasado e pebre, uma delícia!
Dali pegamos o metrô de volta a Las Condes por onde passamos o restante do dia. Com fôlego, ainda é possível esticar até Bellas Artes que fica pertinho e até mesmo ao Cerro Santa Lucía.
Diego
Obrigado pela citação, um abraço!
Malas e Panelas
🙂
cesar cortez
alguem já comprou voo pela last minute? é confiavel?