Um passeio pelo Mini Mundo em Gramado

Nós já perdemos as contas de quantas vezes fomos ao Mini Mundo em Gramado e a cada vez que saímos de lá temos a certeza de que não é um passeio que encanta apenas as crianças.

Vamos explicar as inúmeras visitas. Começamos sendo levados pelos nossos pais (o que nos faz pensar se já não havíamos nos encontrado por lá, afinal de contas, nossas famílias estavam seguidamente em Gramado). Depois levamos o nosso sobrinho várias vezes (ele adorava os trens!) e agora levando a Isabella.

E em todas as vezes nós aproveitamos bastante.

Nesta última visita tivemos o privilégio de termos sido acompanhados pelo Cleverson (um funcionário do Mini Mundo que é apaixonado pelo que faz) e acabamos conhecendo detalhes que nem imaginávamos.

Todo o parque tem quase cem funcionários, dentre esses uma equipe grande que trabalha apenas com a feitura das miniaturas. E todo o parque segue a regra da proporção 1:24, ou seja, todas as miniaturas lá são 24 vezes menores que suas representações reais, inclusive carros, pessoas e objetos. E essa fidelidade garante fotos muito bacanas.

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Também ficamos conhecendo o processo para a confecção de uma miniatura. Por exemplo, para a do Castelo Neuschwanstein, uma equipe do Mini Mundo foi à Alemanha para ver direitinho como é o castelo, a fim de reproduzi-lo fielmente, inclusive seus materiais e texturas. Também há um processo burocrático, como a obtenção de licenças para a reprodução de prédios como esse. E mais, no dia da (re)inauguração da miniatura, o príncipe dono do castelo veio até o Mini Mundo para aprovar a obra!

Para vocês terem mais ideia com a preocupação nos detalhes, no Museu Paulista - que levou mais de dois anos para ficar pronto - até o chão dos corredores é idêntico ao original e em uma casa do Mini Mundo está acontecendo uma festa de aniversário. O aniversariante ganhou um videogame e claro que logo o instalou, então, pela janela da casa, nós vemos parte do jogo na mini tv! Com certeza dá pra passar muito tempo lá olhando os detalhes, sem ficarmos entediados.

E o mais legal é que a cidade Mini Mundo conta com moradores, problemas e fatos como em uma cidade qualquer. A cada quatro anos há eleição para prefeito, assim como para nós. São escolhidos candidatos, cada um apresenta suas propostas, mas quem vota são os visitantes do parque!

Quando visitamos, havia acontecido um incêndio em uma pensão, havia um acidente de carro - mas ninguém se machucou - uma namorada jogando as roupas do namorado pela janela, outra fugindo de casa para encontrar com seu amado, um casamento e vimos até a equipe responsável pelo recolhimento de pinhões nas ruas.

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Como que a gente fica sabendo disso tudo? Acompanhando pelo jornal do Mini Mundo ou prestando atenção no Limpador de Chaminés que fica dando essas e outras dicas pelo parque. Ele é o guia que conta estas e outras coisas interessantes para nós. E esses acontecimentos mudam com frequência, mostrando que a cidade do Mini Mundo também não para!

O Cleverson nos contou que o Mini Mundo vai passar por uma ampliação (não ficamos sabendo quais serão as novas atrações),  mas será mais uma razão para voltarmos! Também nos contou sobre a manutenção do parque, que acontece após o fechamento dos portões ou cedinho antes de abrirem, assim como os desafios para fazer com que tudo pareça real em uma escala tão pequena.

O Mini Mundo não foi pensado em ser um parque aberto à visitação. Ele foi criado pelo pai e avô dos proprietários do Hotel Rita Höppner, que resolveram presentear suas duas crianças com um pequeno mundo de fantasia, construindo uma casinha de bonecas e um conjunto de castelos, com trenzinhos em miniatura, no jardim em frente ao hotel. Pensando em dividi-lo com os hóspedes, quando as crianças crescessem, construíram também uma pequena cidade em miniatura, ao ar livre, e dando vida aos mini-habitantes, que aos poucos foram surgindo. Recriando cenários do cotidiano, em sua maioria europeus e brasileiros. E essa dedicação se mantém até hoje, através dos funcionários. A gente pode ver que quem trabalha lá é apaixonado pelo que faz - e isso faz uma diferença e tanto na prestação de qualquer serviço.

A criançada, como se não bastasse se divertir com os castelos e trenzinhos que ficam circulando pelo parque ou admirando as miniaturas ainda se divertem com o ursinho Gui e a ursinha Ana.

O parque conta com uma lojinha de souvenires que vende a fragrância do parque - sim, o Mini Mundo tem cheiro próprio! E se bater a fome há um café ali mesmo com várias gostosuras. Mas nós não as experimentamos.

Para terminar o passeio que já foi todo especial, fomos tomar o delicioso - e impecável - chá da tarde do Hotel Rita Höppner. Fica lado a lado com o chá do Alvear Palace de Buenos Aires, e sai na frente com a vantagem de ser aqui pertinho 🙂

O Mini Mundo abre diariamente das 9h15 às 17h. Os ingressos custam R$24,00 para maiores de 12 anos, R$15,00 para crianças de 2 a 12 anos e R$12,00 para maiores de 60 anos (valores em agosto de 2015). Não deixem de visitar a página do Mini Mundo para ter mais informações, ou informações atualizadas.

O chá da tarde do Hotel Rita Höppner está incluído na diária para os hóspedes. Para não hóspedes, o valor é de R$40,00 por pessoa.

Agradecemos ao Mini Mundo e Hotel Rita Höppner pela cortesia dos ingressos e convite para o delicioso chá da tarde.

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