O passeio ao Salar de Tara foi o que mais nos deixou em dúvida de fazer ou não. Os Geisers del Tatio seriam feitos no último dia então para o penúltimo dia restavam o Salar de Tara ou as Lagunas Altiplánicas. Ainda em casa líamos e relíamos posts sobre os dois lugares tentando nos convencer em ir a um ou outro.
Quando chegamos no hotel já agendamos os passeios. Queríamos ir às Lagunas Altiplánicas, mas o Yasú (guia responsável pelos agendamentos) disse que não recomendava este passeio porque não estava legal. Estava sempre lotado e a estrutura para visita ficava saturada, ou seja, tiraria o encantamento do local. Outra opção seria o passeio a Pedras Rojas, que também ouvimos falar muito bem.
Questionamos o Yasú sobre qual ele achava que valia mais a pena e ele foi categórico ao dizer que ele preferia Tara. Lembramos do relato do Tiago, no Rotas Capixabas, que adorou o passeio. Então acabamos optando por Tara. Mas ainda perguntamos a quase todos os guias dos passeios que fazíamos e todos falavam a mesma coisa: Tara era imperdível.
Então no penúltimo dia, lá fomos nós ao Salar de Tara, em um passeio de dia inteiro. Foi o passeio mais longo, pois são praticamente duas horas de estrada para chegar lá e duas horas para voltar. E na estrada passaríamos pelo ponto mais alto de toda a viagem: 4800m acima do nível do mar.
Saímos as 9 da manhã do hotel. Apenas nós três, o motorista Juan e o guia Leo, em uma caminhonete 4x4. Pegamos a estrada em direção à Argentina e começamos a subir. No caminho o Leo falou sobre as formações geológicas da área, a vegetação e os animais. Alguns montes que víamos eram vulcões, como o Licancabur, mas outros eram apenas cerros – montanhas. Quanto à vegetação, ele nos falou que quando estivéssemos perto dos 4000m notaríamos a diferença. Aquele capim meio amarelado e com aparência de seco que estávamos vendo ficaria mais ralo e bem mais baixo. Então, mesmo sem altímetro é possível identificar a altitude. Quanto aos animais, ele falou que veríamos as vicuñas, que vivem acima de 4000m. Lhamas e guanacos não conseguem viver nestas altitudes.
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À medida que subimos começamos a ver gelo na beira da estrada. Chegamos bem perto da Bolívia, a meros 5km da fronteira com o Chile e um pouco depois atingimos o nosso recorde de altitude: 4800m, sem sentir nada de diferente.
Aí começamos a descer novamente, pois o Salar de Tara está a 4300m de altitude e alguns minutos depois saímos da estrada e fizemos a nossa primeira parada para ver os monges de Tara.
Os monges são formações rochosas esculpidas pelo vento – e que vento! Fomos muito mal preparados. Levamos apenas uns casacos sem manga que colocamos sobre os moletons e o vento era gelado! Talvez por já estar acostumado, o guia deu ok às nossas vestes, mas nós gostaríamos de estar mais agasalhados. O Juan, motorista, passou todo o tempo de manga curta. Questionado sobre o frio, ele disse estar acostumado e que ele tinha pele de chancho!
Seguindo recomendação do guia caminhamos devagar. Parecia ser difícil sentir falta de ar com aquele vento todo, mas se apressássemos o passo, logo ficávamos ofegantes.
Nos impressionamos com aquilo. No meio do nada, aquelas formações imensas nos deixavam minúsculos. Pausa também usada para o baño Inca 🙂 Voltamos ao carro e fomos para mais perto de uma formação que parece ter o rosto de um índio – mas um índio americano, nós diríamos.
Voltamos para o carro e continuamos absolutamente off-road. Isso mesmo. Dali em diante era sem estrada. Contávamos apenas com o senso de localização do Juan, pois olhando para os lados não era possível se distinguir nada para guiar o caminho. Por isso este é um dos passeios que não devem ser feitos sem guia. Nem GPS adianta ali!! Corríamos a 100km/h fora da estrada. A Isabella lembrou que aquilo parecia o JoyRide - um jogo de videogame de corrida de carros no deserto.
Pouco mais de 20 minutos depois, outra parada para apreciar a vista do Salar de cima. Lá vimos ao longe as Catedrais de Tara, outra formação rochosa cujos picos lembram igrejas. Algumas fotos e voltamos correndo para o carro, pois ventava muito.
O Photoshop é natural 🙂
Andamos mais um pouco e paramos na base das catedrais, amareladas pela oxidação dos minérios que compõem as rochas. Ali pudemos ver a laguna cravejada de pontinhos rosa, ou seja, de flamingos!
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Voltamos ao carro e fomos até a beira da lagoa. O guia perguntou se queríamos caminhar um pouco dali até onde iriam estacionar para montar a mesa para o almoço. Dissemos que sim e desembarcamos. Mais uma vez a recomendação de não caminhar rápido e de se manter apenas na trilha, sem adentrar para perto da lagoa, pois aquela era área protegida.
Descemos e fomos caminhando, apreciando o lugar e tirando fotos. Realmente, o Salar de Tara é incrível! A beleza do lugar é fascinante!
O Luciano foi ficando pra trás, pois não parava de tirar fotos e quando tentou no alcançar, apressando o passo, ficou um pouco tonto. Chegamos ao estacionamento e a mesa para o almoço estava quase pronta.
Tudo servido e atacamos! Salmão defumado, rosbife e frango grelhado – tudo frio, claro – uma salada verde e outra da quinoa com legumes grelhados. Foi a primeira vez que comemos quinoa e aprovamos. Tudo estava uma delícia.
Eu e a Isabella comemos dentro do carro. Não estávamos aguentando o vento 🙁
Depois de almoçar pudemos dar uma volta por perto de onde estávamos estacionados enquanto a mesa era desmontada. Hora de voltar, pelo mesmo caminho da vinda.
Perto dos 4000m paramos em um mirante onde pudemos ver várias vicuñas, mas mais uma vez o vento gelado não nos deixou muito confortáveis e escolhemos voltar logo ao hotel.
Gostamos bastante, o lugar é lindo, completamente diferente de tudo que havíamos visto até então. Inesquecível e vale a pena o tempo que passamos no carro, mas o vento frio atrapalhou bastante o passeio. Por isso fica a dica: leve bastante roupa e gorro para proteger as orelhas. E se puder escolher a época do ano, evite setembro (e o final de agosto também !) pois é a época que mais venta no Atacama.
Voltamos ao hotel, descansamos um pouco e começamos a arrumar as malas. No dia seguinte teríamos que acordar as 5 da manhã para fazermos nosso último passeio no Atacama: os Geisers Del Tatio.
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Aix Rizzo
Muito legal!
Malas e Panelas
😉