Depois de 5 anos, voltamos a Buenos Aires. Revisitamos nossos lugares favoritos e fomos conhecer alguns outros.
Nos hospedamos em Palermo, caminhamos muito e nos programamos para fazer os passeios sem pressa - e sem nos impor a obrigatoriedade de fazer isso ou aquilo e acabamos fazendo tudo o que havíamos planejado.
Ainda vamos detalhar o que fizemos, mas por enquanto vamos dar algumas dicas do que achamos legal e o que foi furada.
1. Ezeiza ou Aeroparque?
Nosso voo de ida foi pelo aeroporto de Ezeiza e o de volta pelo Aeroparque. Foi legal pois tivemos as duas experiências e assim podemos dizer: se puder escolher ente Ezeiza e Aeroparque, opte pelo Aeroparque. O aeroporto é menor e é bem mais perto da cidade. Pagamos 500 pesos para um táxi de Ezeiza até o apartamento que alugamos e demorou uma hora para chegarmos. Já do apartamento até o Aeroparque, pagamos 85 pesos e em menos de 15 minutos chegamos.
2. Trocar dinheiro ou usar cartão?
Levamos reais e trocamos no aeroporto, no Banco de la Nación Argentina. Em Ezeiza, depois que você chegar ao saguão do aeroporto, vire à direita e siga pelo corredor. Lá no final vai avistar o BNA - e as melhores cotações. Não se preocupe, funciona 24h, 7 dias por semana. Você pode conferir a cotação direto na página do BNA (onde mostram o valor para compra de 100 reais).
Mas um aviso. Confira as notas de reais que você levar. Uma das nossas tinha um rasgadinho no canto e não aceitaram, nem lá nem em nenhum outro lugar. Já as de pesos que recebemos...
Usamos o dinheiro para gastos de até 300 pesos. Quando a conta passava disso, usamos cartão. Com a liberação do câmbio pelo novo presidente, não há mais aquela variação enorme entre o dólar paralelo e o oficial - achamos que valeu a pena, mesmo com o IOF de 6,38%.
Já reservou seu Hotel?
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3. Metrô ou táxi?
Andamos muito de metrô, mas às vezes optamos pelo táxi.
Compramos logo no primeiro dia 10 tickets de metrô por 50 pesos, ou seja, 5 pesos por pessoa, por cada viagem. Como havia uma estação bem próxima ao apartamento e os lugares que queríamos visitar, em sua maioria, também ficavam próximos a uma estação de Subte, foi nosso meio de transporte favorito.
Mas algumas vezes pegamos um táxi. Da Recoleta até o apartamento pagamos em média 60 pesos. E outra vez para não gastar muito pegamos um táxi do Planetário até a Plaza Itália (30 pesos) e de lá pegamos o Subte até o Museo de los Niños.
Outra vantagem do metrô? Tem wifi gratuito na maioria das estações e ele está sendo ampliado. Em breve deverá ser liberada a ligação entre as linhas verdes (Palermo) e amarela (Recoleta).
4. Vale a pena fazer o passeio do Tren de la Costa até Tigre visitando San Isidro?
NÃO.
Assim, em maiúscula mesmo. Achávamos que seria um passeio super bacana, lemos em vários blogs que é muito legal, mas todos foram há mais de três anos. Para começar a gente deve pegar um táxi ou trem para chegar até a estação de onde sai o Tren de la Costa (e nisso já vai uma hora). Depois a paisagem que se vê do trem é bem sem gracinha.
Fomos até Tigre conhecer o Puerto de Frutos - que achávamos que seria tipo um mercado público. Não tínhamos interesse no passeio de barco no Delta nem no Parque de la Costa (um parque de diversões para onde 95% de quem estava no trem foi). Resumindo, pegamos o próximo trem de volta a San Isidro.
Internet ilimitada na viagem
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Bem, muita gente falava super bem de San Isidro, que é uma graça, que tem uma feirinha bacana e que é imperdível. Nós achamos uma decepção total. A feira está super pobrinha, a igreja está em reforma e a vizinhança tem umas casas legais. E só. A estação que deveria ser muito bonita está abandonada. Foi a furada da viagem. Depois falamos para uma amiga argentina de Buenos Aires que havíamos ido a San Isidro e ela falou que se soubesse que queríamos ir iria dizer que não valia a pena. Então, fica aqui o aviso!
5. É seguro andar a pé (em especial à noite)?
Quando chegamos no apartamento, quase as 10 da noite, a proprietária nos recebeu e deu algumas instruções bem sucintas. Perguntamos se ela indicava algum restaurante por perto e ela logo deu uma lista! Perguntamos então se era seguro caminhar por ali a pé, àquela hora e ela fez até uma cara de surpresa, do tipo quem pensou - e por que razão não seria? Fomos e voltamos a pé até a outra quadra naquele dia. No dia seguinte fomos até a Plaza Serrano já ao anoitecer e voltamos já tarde, sem nenhum problema. E repetimos esse percurso mais uma vez, também à noite sem preocupação - mas sempre atentos!
A única região que ela recomendou não irmos a pé à noite foi o Microcentro (região da Calle Florida). Essa mesma indicação nos foi dada por um comissário do voo de ida, que mora em Buenos Aires.
Mas o cuidado maior em andar a pé não é a violência, mas as calçadas irregulares e, principalmente, os cocôs de cachorro espalhados pelo chão. Até agora não acreditamos que conseguimos voltar com as solas dos tênis ilesas!
Que tal alugar um carro?
Com carro em uma viagem ficamos livres para fazer tudo o que foi programado - e para mudar a programação também. Nós usamos a Rentcars.com para fazer nossas reservas e encontrar as menores tarifas oferecidas pelas principais locadoras. E pagamos em reais, sem IOF e de forma parcelada no cartão.
6. O que tem para fazer com crianças em Buenos Aires?
Nós já fomos quatro vezes para Buenos Aires com a Isabella. Na primeira com 18 meses, na segunda ela tinha 3 anos, na terceira quase 4 e agora com praticamente 9 anos. Sempre encontramos coisas que ela gostasse. Ela curtiu o Museo de los Niños na segunda visita, mas agora ela já estava um pouco grande para a maioria das atrações (no sentido de que ela se dá conta das coisas e muita coisa pareceu bem simples, pra não dizer até meio bobinhas).
A pracinha que ela gostava de brincar, na Plaza Vicente López, também já não teve um apelo muito grande.
Mas em compensação, ela adorou o Planetário e, mesmo não entendendo a narrativa em espanhol, achou legal. Ela também gostou muito do Jardim Japonês, agora prestando mais detalhes em como as coisas são por lá (a arquitetura, o paisagismo e as decorações), não só nos peixes e patinhos como na vez anterior 🙂 No Rosedal na visita anterior ela havia corrido bastante, mas desta vez tirou várias fotos com a máquina dela, como fizemos no Atacama.
A Fragata Sarmiento, um navio escola que agora é museu e está ancorado no Puerto Madero é muito legal e vale a pena a visita. Ela também adorou caminhar pelo Puerto Madero e pela Puente de la Mujer (que ela ainda chama de Ponte da Tesoura - pois para ela parece mais uma tesoura do que uma mulher). As atrações do Neverland (um pequeno parque de diversões fechado - nos shoppings Abasto e Dot) são ótimas para um dia de chuva. Outra opção para distrair os pequenos é visitar a Floralis Generica - a flor de aço gigante.
Seguro Viagem vale a pena?
Seguro viagem a gente não quer usar, pois se precisarmos, quer dizer que deu algum imprevisto na viagem. Nós nunca viajamos sem seguro viagem, pois no exterior qualquer atendimento pode custar uma fortuna. Usamos a WorldNomads que tem planos excelentes para famílias, com coberturas excelentes.
7. Onde se hospedar em Buenos Aires: Recoleta ou Palermo?
Para quem vai por poucos dias e pela primeira vez, achamos que é melhor ficar pela Recoleta. Para quem quer fazer passeios que fujam do básico (Puerto Madero, Casa Rosada, San Telmo) ou desbravar outras regiões (Palermo Hollywood, Belgrano, Las Cañitas) ficar em Palermo é melhor - e o astral é outro também. A Recoleta é mais sofisticada e certinha, enquanto Palermo é mais descolado e agitado (à tarde e noite, pois pela manhã é uma calmaria). Para pesquisar onde se hospedar em Buenos Aires clique aqui!
8. Onde comer em Buenos Aires?
Buenos Aires tem muitos restaurantes, dos mais sofisticados aos mais simples. Nesta viagem, nós optamos por jantas mais porteñas e cafés da manhã e lanches mais diferentes - mas não foi uma regra que seguimos à risca. Não visitamos os queridinhos dos brasileiros por lá. Queríamos era achar lugares mais autênticos - e foi o que encontramos. Foram tantos lugares que faria este post ser gigante, por isso escrevemos um só com as dicas de onde comer em Buenos Aires.
Alguma outra coisa que vocês acrescentariam a esta pequena lista?
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