Estamos contando sobre nossa viagem de carro ao Uruguai. Já demos dicas de como chegar, falamos sobre nosso hotel e roteiro em Montevidéu e hoje o post é dedicado a nossa estadia na Posada Campotinto, em Carmelo.
Passamos uma noite lá e já não vemos a hora de voltar!
A pousada tem apenas quatro quartos, fica um pouco afastada da cidade, próxima das plantações de uva e ao lado de uma capela, ou seja, em um lugar surpreendente. Pensou em um ótimo lugar para descansar? Acertou. Acha que pode ficar entediado e sem ter o que fazer? Errou!!
Chegamos vindos de Montevidéu pouco depois do meio dia e a sensação que temos ao entrar na propriedade é de chegar em uma casa de campo. Fizemos o check-in e logo estávamos no nosso quarto, que surpreendeu pelo tamanho, também do banheiro. Enormes e ótimo para nós três.
Uma coisa que sempre fazemos ao chegar em um hotel é experimentar a cama e os travesseiros, para já ter ideia de como passaremos a noite. E a julgar pela experimentação das camas, vimos que a noite na Posada Campotinto seria ótima.
Praticamente apenas largamos as coisas no quarto e saímos para almoçar. O pessoal do hotel perguntou se queríamos almoçar ali, mas nossos planos eram almoçar na Vinícola Narbona, então lá fomos nós, mas só para em meia hora estar de volta. Fomos atendidos de uma forma tão rude que voltamos pra almoçar na Campotinto!
O restaurante é super agradável, com uma vista dos campos e plantações de uva. Como era terça-feira, o menu oferecido era reduzido, porém com opções muito boas (de domingo a terça, em razão do menor movimento, oferecem um menu mais enxuto).
Fizemos o pedido e logo veio uma cesta de pães com maionese temperada que estava uma delícia.
Como estávamos só nós ali, enquanto esperávamos tomamos conta do restaurante e aproveitamos para tirar fotos, dar uma olhada nos vinhos e nas geleias e doce de leite que estavam a venda. Nos chamou atenção a geleia de tomate. Perguntamos se era boa e logo nos trouxeram um pouco para experimentar. Excelente!
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Então chegaram os pratos:
Gnocchi de boniato, ou seja, um nhoque de batata-doce com molho de creme de leite e sálvia. Maravilhoso! Mas um detalhe que faz toda a diferença: a batada-doce uruguaia é diferente da nossa. Ela é bem alaranjada e molhadinha quando cozida, lembrando uma cenoura. Tanto que chamam de boniato-zanahoria. E aqueles nhoques se desmanchavam na boca!
Milanesa de lomo - uma milanesa de carne acompanhada de purê rústico com cebolas carameladas, também muito boa. Nós só achamos com pouco sal, mas existe uma campanha no Uruguai para a redução do consumo de sal, que vimos ser divulgada em todos os restaurantes que fomos, e achamos que essa poderia ser a razão.
A pequena que não se encantou com nenhum prato do menu principal e pediu um espaguete na manteiga do cardápio kids que estava bem gostoso. Até nós pegamos um pouco! A gente às vezes subestima o quanto uma massa boa, com manteiga de qualidade pode ser deliciosa!
E para não deixar a pequena sozinha no sorvete dela, nós pedimos um Volcán de Dulce de Leche - um petit gateau de doce de leite.
Ao final da comilança descobrimos que hóspedes têm desconto de 20% no restaurante 🙂
Descansamos um pouco antes de pegar as bicicletas da pousada para dar uma volta. Nessa hora teve um momento decepção por parte da pequena. No check-in disseram que tinha bicicleta para ela também, o que a deixou feliz, afinal, ela aprendeu a andar de bicicleta há pouco e estava feliz que poderia nos acompanhar em sua própria bicicleta. Mas quando vimos a bici para a niña, até nós sentimos pena. Era uma bicicleta com rodinhas para uma criança de no máximo 5 anos!
Passado o momento desapontamento, convencemos ela a ir sentada junto no travessão da bicicleta maior. No início reclamou, mas logo gostou. Andamos pelos vinhedos, que em outubro estavam começando a mostrar as primeiras uvas, mas pedalar na grama é difícil!
Fomos para a estrada e até a Capilla San Roque, a igrejinha que mencionamos no início do post. Lá a pequena até tomou um pouco de coragem de andar na bicicleta grande, mas ainda era muito grande para ela.
Fomos até o Almacen de la Capilla, a uns 100 metros dali para conhecer a Bodega Cordano - onde ficamos até quase o pôr do sol. Como tem muita coisa para falar dele, inclusive o fato que lá foi resolvido o problema da bicicleta da Isabella 🙂 fizemos um post só do Almacen.
Voltamos à pousada, pegamos o carro e fomos ver o sol se pôr em Playa Seré, o balneário na cidade de Carmelo.
Carmelo é uma cidade típica do Uruguai, mas é bem maior do que imaginávamos. Para quem quiser emendar com uma viagem à Buenos Aires, tem transporte fluvial direto entre Carmelo e Tigre.
Não conseguimos ver o pôr do sol pois as nuvens baixas estavam bem espessas, mas caminhamos pelos molhes e aproveitamos para dar mais uma passeada (de carro) pela cidade.
Jantamos no hotel mesmo, mas desta vez com o cardápio mais extenso (como havíamos almoçado lá, a funcionária nos fez um agrado, consultou o chef, e pudemos assim escolher do cardápio que geralmente não está disponível neste dia). Já que havíamos almoçado por lá, poderíamos escolher outros pratos - o que foi ótimo!
Escolhemos raviolones de verduras, saltimboca a la romana e nhoques de batata-doce. Desta vez sem sobremesa!
Estava frio na rua e quando voltamos ao quarto a calefação estava ligada. No início achamos até um pouco quente demais 🙂 mas a noite foi ótima.
Pela manhã notamos o quanto fez frio, pois os vidros estavam embaçados. A vista para o jardim e a para a piscina mostrou um visitante que logo chegou perto e quis entrar, mas a tela mosquiteira manteve o bichano do lado de fora!
O café da manhã é servido a la carte, muito gostoso e bastante farto! Ovos mexidos, presunto, queijo, medialunas, scones, geleia, doce de leite, manteiga, café e suco de laranja. Uma ótima maneira de começar o dia!
Queríamos conhecer a Bodega, ou seja, onde são feitos os vinhos da Campotinto. Pois é, a Campotinto também é uma vinícola, mas as visitações e degustações são somente de quarta a sábado, do meio dia às 5 da tarde. Conversando com a Véronique, a gerente da Pousada, falamos do interesse e ela disse que iria falar com o enólogo para ver se seria possível conhecer a bodega antes do meio dia - nossos planos eram ir para Colônia pelas 11 horas.
Pouco depois a Véronique veio com a notícia de que o Daniel já estava nos aguardando!
Então lá fomos nós. Foi só atravessar o gramado, encontramos o Daniel e ele nos contou um pouco sobre a produção da Campotinto. Desde 2015 eles têm a produção ali, mas antes disso eles usavam a estrutura da vinícola El Legado para produzir seus vinhos. Atualmente produzem cerca de 15 mil garrafas por ano (antes eram 5 mil). Alguns vinhedos estão ali (foram os que visitamos) mas a maior parte da produção é na Estância La Concordia, que também é um empreendimento imobiliário e parte da produção é rotulada e destinada aos proprietários dos lotes. Pensando em ter um vinho próprio e feito com as suas uvas? Essa deve ser a maneira mais fácil de se conseguir isso!!
Era muito cedo ainda para a degustação, então prometemos voltar! Pegamos mais uma vez as bicicletas e demos mais umas voltas pela redondeza. Olhando as casas por onde passávamos, deu pra imaginar o quanto bom e tranquilo deve ser morar por ali. Confessamos que nos pegamos fazendo planos de voltar - de vez - a Carmelo!
E foi com pesar que fizemos o check-out. A vontade era de ficar pelo menos mais uns dois ou três dias para explorar melhor a região, que tem muitas outras vinícolas, restaurantes e atrativos para conhecer e aproveitar melhor a pousada e nos deliciarmos com os piqueniques oferecidos pela Campotinto. Mas por isso trouxemos conosco um vidro de doce de leite, geleia de tomate e uma garrafa de vinho e já estamos pensando em quando voltaremos.
É um hotel bom para crianças? Não tem kids club, sala de jogos ou recreação, a piscina é externa e não aquecida, mas nós achamos que sim, a Posada Campotinto é ótima para uma viagem com crianças também. Quando chegamos a Isabella reclamou que não teria nada para fazer e que não gostava de hotéis "no meio do nada". E a Campotinto (ou Carmelo como um todo) foi o lugar que ela mais curtiu. Correu quando não quis andar na carona da bicicleta e experimentou uma liberdade que nunca teve antes: andou de bicicleta, na rua, sozinha e sem qualquer supervisão próxima - claro que a gente estava de olho todo o tempo, mas ela não se deu conta disso. E a cara de felicidade dela foi como a propaganda de cartão de crédito: não tem preço.
Já viu nossas dicas para viajar de carro ao Uruguai? Ou nosso roteiro de dois dias em Montevidéu? E para todas as dicas do Uruguai clique aqui!
Nossa hospedagem com café da manhã foi cortesia da Posada Campotinto, porém pagamos as demais despesas e o que relatamos aqui retrata nossa experiência.
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Claudia Bins
Que lugar sensacional gente, fiquei babando e louca de vontade de conhecer!
Clau Bins
@AsPasseadeiras
Malas e Panelas
Oi Claudia!
A Campotinto é sensacional! Vale muito a pena e fica a uma hora de Colônia! Incrível que só agora a região está começando a ficar conhecida.